Mário Silésio Em curvas, retas, cores, telas e faixadas
Mineiro de Pará de Minas, nascido em 13 de maio de 1913, Mário Silésio de Araújo Milton, o Mário Silésio, compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas. Desenhista, vitralista e pintor, antes de descobrir-se artista, Silésio cursou Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1930 e 1935. Anos depois não esquivou-se de seu destino, intrínseco a sua alma, iniciando o curso de Pintura e Desenho, na renomada Escola de Belas Artes de Belo Horizonte – a Escola Guignard, onde foi aluno do próprio Alberto da Veiga Guignard e do famoso escultor Franz Weissmann.

Guignard Influência do mestre
Influenciado por seu mestre, Guignard, Mário Silésio rompeu a vocação pela pintura tradicionalista da arte em Minas Gerais, levando à risca os ensinamentos da Escola de Belas Artes e revolucionou com seu trabalho livre, abstrato e despojado de formas. Em plena descoberta da arte moderna, Silésio sintetizou em suas obras a liberdade e a disciplina, sem inibições, experimentando um novo processo criativo.
1964 Arte poética
Bolsista em Paris, na França, frequentou as aulas de André Lhote, encontrando inspiração para retomar ao Brasil e eternizar nas faixadas de edifícios da capital mineira sua arte poética, densa e de tamanha vitalidade em cores e traços longínguos. Mário Silésio solidificou sua arte, também, nos vitrais da Igreja dos Ferros, em 1964, e no Clube dos Engenheiros, em Araruma/RJ.
Década de 60 Mário Silésio no Brasil e no mundo
Durante a década de 60, Mário Silério despontou com sua arte e concretizou inúmeras obras em tela, vitrais e faixadas, que podem ser apreciadas em diferentes estados brasileiros. Atualmente suas obras são requeridas em importantes leilões no Brasil e exterior. Em Belo Horizonte/MG, o artista ousou deixando sua assinatura em diversos edifícios públicos, hoje vislumbrados com saudosismo pelos amantes das artes plásticas.
1990 Eternizado
Em 1990 Mário Silésio faleceu deixando sua significativa herança cultural. Como homenagem, de 1994 a 2004, a ‘Exposição Póstuma’ do artista percorreu capitais como Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. Para os críticos, Mário Silésio é um artista equilibrado, contudo, que fomentou em suas obras seu prazer lúdico e inquieto, com total domínio da técnica e sensibilidade cromática.
Prêmios
1952 – 1953 (Premiado no I e II SNAM, RJ)
1962 – São Paulo SP – Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas